I Seminário de Políticas Públicas para a Periferia discute a cultura na zona Leste

O Fórum de Cultura da Zona Leste promoveu, nos dia 20 e 21 de julho, o “I Seminário de Políticas Públicas para a Periferia”, reunindo diferentes grupos e coletivos culturais da região, assim como o Secretário da Cultura da cidade, Juca Ferreira, para discutir reivindicações e proposições para esta área no município.

O evento se consolida a partir de discussões e levantamentos realizados em diferentes locais da zona Leste desde o início do ano. A região sempre contou com uma rica diversidade de projetos e ações culturais e protagonizou na cidade uma importante militância na construção de políticas públicas de cultura.

Uma das questões centrais levantadas no Seminário foi em relação à mercantilização da arte produzida. Para os grupos e coletivos presentes, muitas questões afetam diretamente e impedem o fortalecimento dos projetos realizados na periferia como a centralização e a burocratização da gestão dos equipamentos culturais públicos da cidade e a regulamentação dos espaços físicos que estavam abandonados e, após a sua manutenção, passam a ser alvo de outros interesses.

Segundo o secretário, os Centros Culturais e os CEUs voltam para a Secretaria numa coordenação conjunta, com a intensão de fazer uma gestão compartilhada desses equipamentos. Para Ferreira, o CEU é um projeto potente para promover a circulação das produções artísticas locais, de formação e potencialização dos processos culturais existentes no território. “Em São Paulo a periferia tem uma vida cultural muito forte e intensa. Por isso, se não temos recursos e equipamentos é preciso mudar a lógica”, destacou.

Para os grupos que fazem parte das atividades do Programa Aprendiz Comgás e estiveram presentes no Fórum, a experiência de participar do encontro trouxe aprendizagens significativas no campo da participação social. Segundo os grupos Filhas da Dita e Grupo Palavra é consenso de que devem estar presentes em espaços onde se sintam representados enquanto atores que movimentam a arte e a cultura na zona Leste.

Para os representantes do Filhos da Dita, os jovens não podem ficar alheiros à discussão sobre o Plano Municipal de Cultura, que terá ´validade´ por dez anos. Para os jovens, são nesses espaços em que aprendem a ouvir, trocar informações com outros coletivos e refletir sobre sua prática. Já para os participantes do Grupo Palavra, foi interessante como todos conseguiram afinar o discurso de forma fácil e coerente e isso se refletirá de alguma forma nas atuais políticas.

Para saber mais sobre as redes e grupos que participam do Fórum acesse: http://maps.mootiro.org/project/153

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