Coletivos em ação na zona Leste: experiências e desafios

O Projeto Coletivo Jovem, desenvolvido pelo Programa Aprendiz Comgás – iniciativa da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo) em parceria com a Associação Cidade Escola Aprendiz -, tem realizado, periodicamente, uma série de atividades ligadas a cinco coletivos juvenis da cidade de São Paulo que foram selecionados para participar das ações em 2013.

Formado pelos coletivos Cinemateus, Filhos da Dita, Marginaliaria, Usina dos Atos e Grupo Palavra – todos localizados na zona Leste da capital paulista e com atuação em diferentes linguagens, como teatro, literatura, formação artística e audiovisual -, o Coletivo Jovem do PAC tem somado experiências e superado desafios.

Durante o mês de julho, por exemplo, os jovens participaram de dois encontros que teve como objetivo incentivar a integração e o compartilhamento de saberes entre as organizações juvenis integrantes do projeto. Dessa forma, a proposta foi a de valorizar as experiências e conhecimentos dos jovens, criando momentos de diálogo e reflexão coletiva para a elaboração de uma proposta comum.

Em agosto, os coletivos participaram de sete encontros a fim de aprofundar as reflexões iniciadas no mês anterior. Nesse sentido, foi identificado o mais importante desafio dos grupos: a garantia de sustentabilidade financeira. Outra questão estruturada nos encontros do Coletivo diz respeito à criação de novos espaços de participação, nos territórios de atuação de cada grupo. Dessa maneira, a ideia é manter um calendário periódico de encontros, com o intuito de promover a integração dos coletivos  com seus públicos, para maior articulação e diálogo com o poder público.

Ademais, outra estratégia elaborada pelos grupos é a criação de uma publicação que traga o histórico dos projetos junto às diversas comunidades da zona Leste de São Paulo. Simone Freire (foto), do Coletivo Marginaliaria, responsável pela organização e sistematização da publicação, afirma que tudo está sendo feito em conjunto, de forma democrática e autônoma. “Como somos grupos que atuam a partir de diferentes linguagens, a principal preocupação é a de manter a identidade de cada um”, explica.

Em setembro, os participantes do Coletivo Jovem contaram com a assessoria de uma advogada e de um contador para tirar dúvidas em relação a procedimentos jurídicos e tributários a fim de que pudessem se institucionalizar, conforme previsto na proposta colaborativa divulgada pelo grupo no mesmo mês.

“É difícil pensar em formalização, pois temos de nos ater a processos, burocracia e uma série de demandas que pertencem a um universo que não é o dos coletivos. Com essa oportunidade do PAC, os grupos estão evoluindo de forma sustentável e os nossos passos têm sido mais sólidos. Dificilmente teríamos a oportunidade de realizar uma reunião com duas advogadas e um contador e tirar as dúvidas sobre o processo de formalização”, ressalta Caio Teixeira (foto), integrante do grupo Usina dos Atos.

“Cada vez mais, os integrantes vêm amadurecendo a ideia de institucionalização e buscando modelos de gestão que sejam compatíveis com as formas horizontais de suas organizações”, comenta Fernanda Oliveira, articuladora do PAC que atua diretamente com o Coletivo Jovem.

Nesse sentido, o Programa Aprendiz Comgás tem realizado o acompanhamento da proposta elaborada pelos grupos e ainda mantém um cronograma de visitas aos projetos, para conhecer de perto as ações realizada pelos jovens.

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