
E, escolher este caminho, também nos implica em reformulações e rearranjos metodológicos que impactam na disseminação da Tecnologia Social para Juventude do Programa. Nossas vivências neste campo têm provocado a equipe a refletir sobre uma série de questões. Levantamos alguns destes pontos de reflexão:
– Pensar em formas de aprendizagem no qual o conhecimento seja construído de forma colaborativa e compartilhada, valorizando os diferentes saberes no processo educativo.
– Desejo de contribuir por meio de nossa metodologia de trabalho, para que educadores e jovens educandos tenham um ensinar e aprender condizente com a realidade do mundo contemporâneo.
– Conhecer de antemão o grupo que será trabalhado, pois receitas prontas pouco funcionam quando lidamos com pessoas.
– Flexibilidade para adequar, sempre que necessário, o trabalho com as necessidades do público a ser atendido.
– Ter sempre em mente que escolas têm diferentes realidades, ditadas por questões como contexto local, gestão escolar, corpo docente, entre outras.
-É importante que o ambiente da oficina seja um momento acolhedor e que o professor tenha abertura e motivação para falar e ouvir, a fim de compartilhar suas angústias, experiências e ideias a fim de aprimorar sua prática de ensino. Percebemos ao longo das formações que este diálogo ainda é um paradigma para muitos professores e, neste sentido, as trocas são valiosas para encorajá-los para tal.
-Uma das questões que mais aparecem enquanto dificuldades de se trabalhar com jovens nas escolas são a falta de tempo por parte dos professores, que comumente cumprem uma árdua jornada de trabalho e, frequentemente, deslocam-se para mais de uma escola no mesmo dia. O acesso à internet, entendido com poderoso canal de comunicação do professor com os alunos, também é comprometido pelas demandas diárias e pelas dificuldades de acesso nas escolas. A ausência de uma coordenação e direção comprometidas e que apóiem as iniciativas da escola também foi muito apontada pelos professores.