
Os grupos selecionados estão localizados em sua maioria na zona Leste da cidade e têm como proposta utilizar as linguagens artísticas e de comunicação para garantir o acesso à cultura produzida no território para adolescentes e jovens.
“No campo da participação, esses grupos trazem como bandeira a democratização da cultura e o desenvolvimento local. Eles reconhecem que ações articuladas em rede dentro e fora dos locais de atuação podem potencializar e trazer maior visibilidade. Isso porque os desafios são muitos. O mais sinalizado pelos grupos diz respeito à criação de estratégias criativas que visem o fortalecimento organizacional e, por conseqüência, a sustentabilidade de suas iniciativas”, comenta Fernanda Oliveira, articuladora do Aprendiz Comgás.
“Ficamos felizes com a proposta, pois percebemos que ela promove uma aproximação entre os grupos e coletivos da zona Leste. Acredito que o projeto poderá ampliar a minha rede trazendo maior visibilidade para as nossas ações”, ressalta Geisson Silva, 25 anos, do grupo Cinemateus, que desenvolve oficinas de audiovisual em escolas públicas e também gravação de vídeo para o terceiro setor.
Jovens em ação
Durante o ano, os grupos terão a oportunidade de, em conjunto, elaborarem uma proposta de ação colaborativa para aplicação de recursos financeiros do Programa, contemplando suas necessidades e demandas.
O primeiro encontro do Ciclo de Vivência Colaborativa já está marcado para o dia 22 de junho. A metodologia prevê a integração e o compartilhamento de saberes entre as organizações juvenis participantes do projeto, promovendo o reconhecimento das experiências frente aos desafios existente nos territórios de atuação, por meio do diálogo e da reflexão coletiva, que levem a elaboração de ações que atendam a um objetivo comum.
Fernanda Oliveira explica que esses objetivos poderão estar vinculados a três esferas: recursos materiais (a construção e manutenção de algo em concreto, serviços, infraestrutura etc.); recursos imateriais (a definição de conceito, o desenvolvimento de processos de trabalho, sistematizações etc.); e planos estratégicos (criação de espaços de diálogo, promoção de causas e temática etc.).
“Nesse sentido, quanto mais conectado ao território e quanto mais parceiros e colaboradores mobilizarem, mais a experiência vivenciada estará vinculada a uma ‘rede compartilhada de sentidos’ que, pela convergência de propósitos, é capaz de pautar políticas que vão ao encontro dos interesses públicos”, comenta.
O encontro será realizado na Casa Alfredo Volpi (Rua Victório Santin, 206 -Itaquera – São Paulo), das 10h45 às 17h30.
Conheça os grupos selecionados:
1. Coletivo Cinemateus – São Mateus
2. Coletivo Usina dos Atos – Cidade de Tiradentes
3. Grupo Filhos da Dita – Cidade de Tiradentes
4. Coletivo Marginaliaria – São Miguel
5. Coletivo São Miguel no Ar – São Miguel
6. Grupo BreakInforma – São Mateus
7. Grupo Teatro Palavra – Itaquera
8. Cursinho Popular do Jd. Pantanal – Jardim Pantanal