Programa Aprendiz Comgás finaliza o ano com diversos resultados

A partir de um intenso trabalho realizado durante o ano, o Programa Aprendiz Comgás (PAC) finaliza 2013 com diversos resultados alcançados junto à juventude e educadores do Estado de São Paulo.

O Projeto Disseminação, por exemplo, que visa levar a Tecnologia Social para a Juventude do PAC para diferentes espaços, promoveu a formação de cerca de 430 educadores. As atividades foram realizadas em nove ETECs (Escolas Técnicas Estaduais), localizadas nas cidades de São Paulo, Osasco, Limeira e São Vicente, mas estiveram presentes educadores de ETECs de outros municípios, como Batatais, Araraquara e Guarujá, por exemplo.

As iniciativas fizeram parte da parceria do PAC com o Centro Paula Souza e a Diretoria de Ensino de Limeira. Com as ações promovidas em 2013, a tecnologia do Aprendiz Comgás chega agora a 61 cidades do Estado.

Durante as formações, os educadores tiveram a oportunidade de debater a respeito de temas como: conceitos sobre juventude, currículos e práticas educativas, projetos sociais e o atual panorama das políticas públicas para esta faixa etária.

De acordo com os educadores, foi possível adquirir um novo olhar sobre as juventudes; uma busca maior por experiências educativas inovadoras; crença na interdisciplinaridade no trabalho com projetos e nas parcerias; mudança de comportamento como professor, em prol da transformação da escola; incentivo aos alunos para que estes tenham conhecimento e participem das políticas que são voltadas para a juventude; entre outros.

“A partir do momento em que os educadores entraram em contato com a metodologia de trabalho do PAC, sentiram-se mais livres para criar e inovar em suas práticas pedagógicas. Além disso, ajudamos estes professores a entenderem o desenvolvimento do seu aluno de maneira mais integral, construindo relações de confiança e de autonomia”, comenta Rayssa Aguiar, gestora do Aprendiz Comgás.

Jovens em ação

Já o Projeto Laboratório envolveu 32 jovens, moradores do Jardim Ângela, na zona Sul da cidade de São Paulo, no desenvolvimento de sete projetos sociais elaborados pelos próprios participantes, sendo que quatro deles estão sendo implementados. Essas iniciativas impactaram 2.500 pessoas diretamente, inclusive a partir de parcerias que foram estabelecidas com cerca de duas a cinco pessoas ou organizações, por projeto.

Com iniciativas em diferentes áreas de atuação, o Laboratório contou com propostas adequadas ao contexto da região, com o intuito principal de suprir a falta de atividades culturais na comunidade.

O projeto Reformateca, por exemplo, detectou a necessidade de reativar a biblioteca do Clube da Turma, percebendo a demanda dos educandos, educadores e funcionários, e até mesmo da comunidade, por um espaço tranquilo e adequado para atividades de leitura. Já o Cine Attack focou na ideia de politizar a comunidade do entorno. O grupo do projeto Roda de Leitura, por sua vez, identificou a ausência do hábito de leitura nos moradores e, por isso, buscou trabalhar em prol desse incentivo. Por fim, equipe do projeto Revitalização Honório Monteiro somou esforços para oferecer um espaço de lazer dentro da escola.

Os jovens apontaram diversos benefícios a partir da participação nas atividades do PAC. “Avançamos interiormente porque, de certa forma, enfrentamos muitas coisas no decorrer do projeto e isso fez com que pudéssemos crescer e nos preparar para as dificuldades que a vida coloca”, comenta Gabriela Rocha, do projeto Roda de Leitura. Já para a jovem Emanuele Silva, do projeto Reformateca, a grande conquista foi ter conseguido superar todos os desafios, por mais que fossem difíceis. “Não é fácil mostrar para as pessoas que é possível realizar o projeto por meio do nosso trabalho”, comenta.

Apoio na formalização

Outra conquista do PAC em 2013 foi o avanço realizado pelos grupos juvenis participantes do Projeto Coletivo Jovem. Os integrantes dos coletivos Cinemateus, Filhos da Dita, Marginaliaria, Usina dos Atos e Grupo Palavra trabalharam juntos a fim de superar o desafio de garantir a sustentabilidade financeira e de espaços de participação na cidade.

A partir da proposta colaborativa elaborada pelo grupo, foi possível lançar a publicação “Juventudes, cultura e território: experiências de cinco coletivos da zona Leste de SP”, durante o evento “Sustentabilidade, Rede e Realizações – Ampliando horizontes na zona Leste”, realizado no dia 15 de dezembro, no Centro de Formação Cultural de Cidade de Tiradentes.

A publicação, além de possibilitar maior visibilidade aos jovens, revela o carinho pelo território da zona Leste, mais especificamente, pelos bairros de Cidade Tiradentes, Itaquera, São Mateus e São Miguel Paulista.

A institucionalização de algumas iniciativas do Coletivo, por sua vez, também contou com total apoio do PAC. Três grupos – Cinemateus, Marginaliaria e Usina dos Atos – se organizaram para passar a ter estrutura jurídica como instituições culturais.

“Em diversas reuniões, expusemos o quanto nos considerávamos invisíveis perante o poder público, tendo em vista que, atualmente, muitos de nossos integrantes veem na cultura um modo de sobrevivência”, relata Simone Freire, do Coletivo Cultural Marginaliaria. Por isso, a institucionalização foi o caminho encontrado para reverter a questão da invisibilidade e colaborar na sustentabilidade dos coletivos e, consequentemente, de seus integrantes.

No total, 58 jovens participantes desses coletivos foram impactados pelo Projeto Coletivo Jovem e mais de 600 mil jovens serão beneficiados com a institucionalização desses grupos. “Este é o início de uma caminhada que pode ser longa, basta querer!”, destaca Thábata Letícia, integrante do Núcleo Teatral Filhos da Dita.

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